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A ÁGUA NA AGRICULTURA DO BRASIL E DO MUNDO


22/08
Por: Dirceu Gassen

As demandas da humanidade relacionadas com o aquecimento global, a necessidade de reduzir o dióxido de carbono da atmosfera, novas fontes de energia, a erosão de solos, a crise da água e outras ameaças sobre recursos naturais determinaram novo perfil para a agricultura.  A produção de alimentos deixa de ser uma atividade protegida pelo Estado e passa a ser um negócio competitivo controlado pelo mercado e regulamentada por legislações ambientais e sanitárias rigorosas.

A água, as árvores e a terra são, cada vez mais, consideradas bens da humanidade e tem, no agricultor, um gestor habilitado para o uso e o manejo desses recursos naturais.

Entre as principais regiões produtoras de alimentos do mundo, o Brasil é o país da água.  No sul, as chuvas são distribuídas durante os 12 meses do ano com médias de 1786 mm/ano (Figuras 1 e 2).  Nos cerrados, com base em Brasília, a precipitação média anual é de 1553 mm/ano, com chuvas nos meses de verão, e seco no inverno (Figuras 1 e 2).

Figura 1.  Chuvas médias anuais em diferentes regiões de produção de grãos do mundo.

 

No Brasil chove entre 1600 e 1800 litros de água/m2/ano.  A Região Sul se diferencia pela distribuição de chuvas abundantes em todos os meses do ano e temperaturas favoráveis para o crescimento de plantas, por isso, o mundo visualiza o ambiente para lavoura e pecuária.

A Austrália é um país considerado seco, onde se produz grãos nos meses de inverno, especialmente o trigo, nas bordas sul, leste e oeste, com chuvas médias anuais de 350 mm/ano (Figuras 1 e 2).

Figura 2.  Chuvas médias mensais em diferentes regiões de produção de grãos do mundo.

 

Na Argentina as chuvas de inverno são muito importantes para armazenar água no solo.  O plantio direto, pela eficiência no aproveitamento de água das chuvas, permitiu ampliar as áreas cultivadas com soja.

Na Europa, a água é um fator crítico, cada vez mais importante para o abastecimento de cidades.  Na agricultura, com chuvas em torno de 600 mm/ano (Figuras 1 e 2), a água escassa deve ser manejada para maior armazenagem no solo e maior aproveitamento pelas plantas.

Nos países da ex-União Soviética, de forma geral chove em torno de 400 mm/ano.  Nos meses de verão e de outono chove pouco inviabilizando investimentos e estabilidade na produção de soja, milho e culturas de verão.  As temperaturas de inverno são baixas, chegando a média mensal de -17 graus em regiões de produção de trigo, cevada e colza, que são adaptadas para o frio.

A vantagem diferenciada dos Estados Unidos na produção de grãos está na qualidade de solos e na distribuição de chuvas nos meses de desenvolvimento das culturas de verão (Figura 2).

O Brasil é o país da abundância de água, que necessita ser manejada de forma responsável.  As principais regiões de agricultura na Europa, América do Norte, África, Ásia e Oceania têm a água como grande preocupação ambiental e de saúde pública.

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Referências

www.agricultura.gov.br
Ministério da Agricultura - Portal da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento

www.embrapa.gov.br
Embrapa - Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária

www.ital.sp.gov.br
Instituto de Tecnologia de Alimentos

www.alimentosprocessados.com.br
Alimentos Processados

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